4.30.2008

* Polifönica recomenda: Assinaturas *dança contemporânea*

Assinaturas
O projeto Coreografia-Instalação, Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, foi uma singular parceria entre a O’ctus Cia. de Atos (São José-SC), a Siedler Cia. de Dança (Florianópolis-SC), e o pesquisador ítalo-francês Armando Menicacci (Professor de dança e tecnologia da Universidade Paris VIII – Paris/França). Entre setembro de 2007 e maio de 2008, as companhias catarinenses O’ctus e Siedler estreitaram relações compartilhando ensaios, aulas de dança, yoga e discussões teóricas sobre teatro, dança e as relações com as novas tecnologias. Tudo com o objetivo de mergulhar no fazer artístico de cada companhia, bailarino e coreógrafo, buscando compreender os princípios que os norteiam, suas buscas e preocupações. Com assessoria do pesquisador ítalo-francês Armando Menicacci, através de duas residências no Brasil, e muitos encontros virtuais, o projeto buscou entender a dança em sua complexidade estrutural. Gestos, ações e/ou movimentos, simples ou complexos, atendendo à verticalidade ou à falta dela, encadeados de diversas formas, geram diferentes danças em diversas estéticas e épocas. Numa permanente atitude de construção, a dança amplia os seus domínios estéticos, aprendendo com a inserção de outras artes (teatro, artes plásticas, fotografia, etc.) dentro da sua composição. Novos códigos se instauram à medida que o corpo prova diferentes relações com o tempo e espaço, apropriando-se de novos aprendizados. Contudo, como constrói o bailarino os seus movimentos? O que acontece com seu corpo, enquanto ele dança? O que o move? Quais são seus medos? Quais lembranças fazem-se presentes no seu dançar? Destas questões nasceu a obra Assinaturas que traz à cena as intérpretes-criadoras Sabrina Gizela (O’ctus Cia. de Atos) e Elke Siedler (Siedler Cia. de Dança) formando dois solos que se interligam. A direção é assinada por Armando Menicacci e Vanclléa Segtowich (diretora da O’ctus). A parceria com Menicacci trouxe ainda a relação entre corpo e novas mídias digitais, através de softwares que permitem a manipulação e o tratamento da imagem em tempo-real. As novas mídias, em particular o numérico, foram utilizadas como ferramentas compositivas de uma dramaturgia que circula pelo tempo em busca de fragmentos, lembranças, cheiros, gostos e corpos de dança.

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